Belo Monte é um enorme crime contra a Amazônia e os povos do Xingu. Infelizmente o governo Dilma escolheu governar para os grandes capitalistas que desde a ditadura militar só destroem a Amazônia e constroem grandes empreendimentos que aprofundam a exploração dos trabalhadores e geram grandes bolsões de miséria.
As conseqüências sociais e ambientais da construção da Usina não justificam o empreendimento. Estudos demonstram que Belo Monte alagará 640km², atingindo cerca de 40 mil pessoas que perderão suas terras, trabalho e seu futuro. Um trecho de 100 km de rio secará, deixando indígenas, ribeirinhos e agricultores sem pesca e navegabilidade, mas com muita malária, dengue e outras doenças.
Ao contrário do que dizem, Belo Monte não vai gerar empregos e sim desemprego. Cerca de 100 mil pessoas devem chegar à região, atraídas pela usina. No pico da obra, serão contratados 19 mil. O que farão os outros 81 mil nessa região recordista de conflitos, violência e desmatamento?
Mesmo antes do início das obras, os impactos sobre Altamira e região já estão sendo sentidos, com o aumento da inflação dos alimentos e dos aluguéis. Além disso, 40% das medidas de mitigação de impactos, como hospitais, escolas, projetos de saneamento e de segurança não foram cumpridos pelo Consórcio Norte Energia.
Todo esse crime está sendo cometido em nome de uma baixa eficiência energética, pois Belo Monte vai produzir, em média, apenas 39% dos 11 mil megawatts de energia que o governo promete. Na seca do Xingu, não vai produzir quase nada.
O que está por trás dessa irracionalidade é a política econômica do governo Dilma que governa para os banqueiros e grandes empresários, em detrimento de melhores condições salariais e de trabalho para a classe trabalhadora brasileira. Belo Monte vai custar R$ 30 bilhões. 80% desse dinheiro virá do BNDES, dinheiro nosso. E vai pro bolso das empreiteiras que financiaram as campanhas eleitorais. Com esse dinheiro, seria possível resolver problemas estruturais de Altamira e municípios vizinhos, como a questão da habitação, do saneamento, da saúde e da educação públicas. Por que dar R$ 30 bilhões pra um punhado de empreiteiros ao invés de investir esse dinheiro nas áreas sociais?
Pelo mesmo motivo que o governo separou 49,15% do Orçamento Geral da União para os banqueiros e apenas 2,88% para a educação pública em 2011: porque o governo Dilma não é um governo dos trabalhadores e do povo pobre. É um governo a serviço do grande capital. Precisamos construir um modelo de desenvolvimento que esteja pautado pelo atendimento às necessidades humanas e pelo respeito ao meio-ambiente, ou seja, um projeto socialista. Não existe desenvolvimento sustentável sob o capitalismo, porque no capitalismo o que manda é o lucro.
As ações judiciais tem sido muito importantes para fortalecer a luta contra “Belo Monstro”. Só o Ministério Público já entrou com 13 ações contra ilegalidades de Belo Monte. A Comissão Internacional de Direitos Humanos também está nessa luta. Porém, o crucial nesse momento é avançar na unificação dos povos do Xingu e demais movimentos sociais do campo e da cidade, sindicatos e entidades estudantis e construir um amplo calendário de mobilizações a nível mundial para barrarmos nas ruas esse projeto criminoso do governo Dilma e dos empreiteiros.
Belo Monte não é um fato consumado. Em defesa da vida no Xingu, vamos barrar Belo Monte! O PSTU coloca todas as suas forças à disposição dessa luta.
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