Trabalhadores em educação do município de
Barcarena, decidiram hoje em assembleia pela ocupação do prédio da prefeitura na
tarde de hoje (13/08). Em greve desde o dia 21/05 eles afirma que só sairão do
prédio quando a prefeitura apresentar proposta de negociação com a categoria e
exigem a saída do secretário de educação do munícipio, Pedro Negrão.
Na assembleia, que também contou com a participação
de pais de alunos, os profissionais da educação decidiram dormir no prédio e
passar o tempo que for necessário para que a prefeitura do prefeito Vilaça
(PSC) cumpra com as reivindicações da categoria e o PCCR.
Hoje pela manhã a categoria reuniu com os
vereadores do município para que eles pudessem apoiar o movimento e intervir na
negociação. Na reunião entre vereadores e o Sintepp foi apresentada uma contra
proposta da categoria que reivindica aumento de 8% parcelado em duas vezes, com
pagamento retroativo de 4% e daqui a 90 dias mais 4%. Para a coordenadora geral
do Sintepp de Barcarena e militante do PSTU, Vera Lúcia Campos, essa é a proposta final da
categoria que já não aguenta mais intransigência nas negociações com o
prefeito.
“Ele como
sempre intransigente, endurecido e não quer recuar. Nossa hoje está muito
abaixo do que nós pedimos inicialmente, que era 21%, por que nós já estamos
cansado de tanto descaso e por isso nós vamos ocupar e só vamos sair de lá com
uma reposta, amanhã ocorrerá mais uma assembleia da categoria, lá dentro da
prefeitura. [...]
[...] Existe
uma ação do Ministério Público Estadual, que exige que a prefeitura contrate
novos professores e funcionários temporários para cobrir o quadro em greve, e
essa contratação deve ser com mesmo valor de salário, mesma formação, e para
cada dia de sala vazia o prefeito deverá pagar multa de 5 mil reais. Além disso
existe uma decisão do desembargador que impede o desconto dos dias parado.
Então ele está em uma sinuca de bico, vai precisar pagar duas folhas de pagamento,
os temporários e os efetivos em greve, ou seja, se ele alega durante esses
quase três meses de greve, que não tem dinheiro como é que ele vai resolver? O ideal
seria que diante disso ele resolvesse aceitasse nossa proposta e nós garantiríamos
o retorno as aulas e a reposição do ano letivo, mas tudo depende dele. [...]
[...] Estamos
aguardando a resposta do governo, os vereadores ficaram de colocar o prefeito
na parede para que forçar o aceite da proposta e o fim da greve. Nós já fizemos
tudo que tínhamos que fazer, fechamos ponte, ocupamos praça, já fomos na
câmara, imprensa, já levamos deputados e vereadores de Belém. Já esgotamos
todas possibilidades já conversamos várias vezes, e nada de resolver e nada de
mudar. Inclusive nós já detectamos várias irregularidades na administração da
prefeitura que se corrigidas poderiam garantir nossa proposta, fazer uma contenção
por que a folha está inchada de DAS, gratificações indevidas, sem amparo legal,
e na proposta de hoje os pais estavam lá e foram bem incisivos pedindo a saída
do secretário de educação Pedro negrão. Aguardamos o telefonema do presidente
da câmara e lá permaneceremos até que seja resolvido.” [...] – afirmou por telefone Vera
Lúcia.

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