O ano mal começou e já vimos lutas e mobilizações
acontecendo em todo o país. No último dia 25, enquanto um setor da juventude de
Belém protagonizava o primeiro “rolezinho” em um shopping da cidade, outras 13
capitais realizaram manifestações contra as injustiças sociais que a Copa 2014
está trazendo ao país. Mesmo que estas manifestações ainda não sejam
como os grandes atos das jornadas de junho que mobilizaram milhões de pessoas
ano passado, no país onde o calendário oficial só começa somente depois do
Carnaval, essas primeiras lutas já sinalizam que o ano da Copa do Mundo de
Futebol e das eleições presidenciais não vai fazer os trabalhadores e a
juventude ficarem em casa assistindo aos desmandos dos governos em financiar o
lucro de empresários enquanto a população trabalhadora está a minguas.
No Pará, o Governo Jatene (PSDB) já começou o
ano com grandes ataques à população trabalhadora. O decreto do governo do
Estado, por meio de Helenilson Pontes, que cortou o pagamento de gratificações
e o tempo integral de servidores públicos de todo o Estado é um profundo ataque
à sociedade paraense, pois além do corte dos direitos dos funcionários
públicos, o que já é gravíssimo, prejudica também a extensão e a execução de
diversos serviços públicos, afetando aqueles que mais precisam deles, os
trabalhadores e trabalhadoras mais necessitados do poder público!
Para além desse descaso com os professores e do
serviço público estadual, a saúde continua um caos, a violência segue
alarmante, as chuvas inundam as casas nas periferias e ainda por cima, vem por
aí aumento da gasolina e da tarifa de ônibus!
Os empresários e a prefeitura de Belém tiveram que recuar ano
passado por conta das mobilizações. Mas o ano mal se inicia e eles já querem
tentar um novo aumento da passagem de ônibus. Já não basta o caos trazido pelo
BRT, as linhas de ônibus escassas e a má qualidade do transporte em Belém,
ainda querem que a gente aceite este aumento absurdo. Por isso no início
desta semana (03/02), estudantes e movimentos sociais realizaram um ato em
frente à Câmara Municipal de Belém para barrar o aumento da passagem.
Felizmente, os trabalhadores e a juventude do Pará não perderam sua
disposição de lutar. O aumento da passagem no Porto de Camará já foi barrado,
depois de muita luta da população das cidades de Soure, Salvaterra, Cachoeira e
Santa Cruz do Arari, que mostraram qual e o caminho. Fizeram mobilizações
na PA-154 e no Porto do Camará contra o absurdo aumento de 60%
no valor de navios a balsas para a região e pela quebra do monopólio da
única empresa que faz o trajeto fluvial para a ilha.
Da mesma forma, o funcionalismo público estadual
já está protagonizando os primeiros enfrentamentos contra o Governo do Estado,
já houve mobilização no IGEPREV, na SEMA, na Santa Casa e trabalhadores de
outros órgãos estão prometendo entrar na guerra contra o decreto governamental
que retira direitos.
A mobilização e a luta é a única saída possível
para os ataques dos governos municipais e estadual, sejam eles do PSDB ou do
PT/PMDB. Enquanto empresas como a Vale extraem milhões de riquezas minerais de
nossa região, amargando lucros milionários, com a ajuda da isenção de impostos
destes governos, os trabalhadores e a juventude continuam amargando postos de
saúde sem médicos e remédios, prontos socorros sem leitos, sujeitos a violência
e criminalidade em seus bairros e a enxurradas dentro de suas casas!
Não podemos mais aceitar isso! O PSTU se
solidariza e apoia a luta dos trabalhadores do Aurá por suas reivindicações e
todas as lutas dos trabalhadores em curso no Estado e se soma aos servidores
públicos estaduais contra mais este ataque do PSDB e conclama todos a se somar
na luta contra o aumento da passagem de ônibus em Belém.
Na
Copa Vai ter Luta!
Todo
apoio e solidariedade às lutas dos trabalhadores do Estado!
Contra
os ataques do Governo do Estado ao funcionalismo público!
Todo
apoio à luta dos professores por suas reivindicações!
Contra
o aumento da passagem de ônibus em Belém! Passe Livre para estudantes e
desempregados!
Nem PSDB, nem PT. Trabalhadores
no poder!
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