Aumento do custo de vida
O recente aumento na conta de energia também foi lembrado no ato. No início desta semana, a tarifa de energia elétrica no estado do Pará sofreu mais um reajuste, no valor de 3,6%. Este é o 16º reajuste na tarifa, desde a privatização da Celpa, feita pelo PSDB, em 1998. Nos últimos oito meses, a conta de luz ficou quase 40% mais cara no Pará.
“Enquanto milhares de brasileiros sobrevivem com apenas um salário mínimo, os governos aumentam a conta de energia. E ainda tem o preço da gasolina, dos alimentos e dos aluguéis. É praticamente impossível chegar ao fim do mês com dinheiro, porque as contas levam o nosso salário assim que ele cai”, disse Zé Gotinha.
Mulheres operárias
Se é verdade que os ataques do governo federal afetam a vida dos trabalhadores, também é verdade que as mulheres trabalhadoras serão as mais afetadas. As trabalhadoras da construção civil parecem saber disso. Às vésperas do 8 de março, a coluna de operárias no ato era grande.
“A rotatividade é muito alta na construção civil e, nós, mulheres, somos as mais afetadas. Por conta do machismo, a exploração é forte. Geralmente somos contratadas no final da obra e passamos três, seis meses... como vamos ter acesso ao seguro-desemprego assim?”, desabafou Márcia Lobato, da secretaria de mulheres do sindicato da construção civil.
PT e PSDB não nos representam
Ao final do ato, os operários se concentraram na Praça do Operário, em São Bras. Para o vereador Cleber Rabelo (PSTU), o ato foi um importante recado dado pelos trabalhadores tanto ao governo federal, quanto ao governos estadual e municipal. “Os trabalhadores no país inteiro estão insatisfeitos com o governo Dilma e o PT, mas também não querem a volta da direita. A saída para a crise nesse país é construir uma alternativa de poder da classe trabalhadora que seja independente dos governos e patrões”, disse.
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