Nesse 1º de abril a população do estado sofreu com mais um dia de maré alta. A mídia e o governo colocam a culpa na natureza, mas sabemos que os alagamentos e a falta de estrutura de saneamento são de responsabilidade dos governos que não estão comprometidos com melhores condições de vida dos trabalhadores. Nesse dia da mentira não temos como não lembrar dos 3 S's de Zenaldo e da propagandeada parceria entre prefeitura e governo do estado...
A recém empossada presidente
da Cosanpa deu entrevista à rádio CBN. Na entrevista, Noêmia não pode esconder
a realidade triste do nosso Estado. Os dados do Instituto Trata Brasil são
alarmantes: três municípios paraenses ficaram entre os últimos colocados numa
lista de índices de saneamento, que inclui as cem maiores cidades do país.
Ananindeua amargou a última colocação (100ª), Santarém é a penúltima (99ª) e
Belém é a 96ª. Impressionante! Nenhum governo, nem Jatene nem Ana Júlia,
conseguiu reverter o quadro ruim do abastecimento de água e coleta de esgoto no
Pará.
Apesar de o governo e Noêmia
afirmarem que estão se esforçando para reverter o quadro, não é o que a
realidade demonstra. A população continua sofrendo com o corte de água, e
apesar disto, com a péssima qualidade da água que chega em casa.
Ademais, a empresa ainda sofre com demissões e falta de investimentos.
Como explicar que melhorou, se de 2010
para 2011 a perda de água evoluiu de 44% em 2010 para 46% em 2011? A empresa
tenta se desresponsabilizar, culpando os moradores pelo uso de poços e se
queixando da taxa social. Mas os dados do Instituto Trata Brasil baseado no
SNIS mostra que se as perdas reduzissem 50%, a tarifa cairia de R$1,36 para
R$1,01/ m³.
O que o governo precisa fazer é
deixar de demitir e gastar com os banqueiros. Deveria aproveitar a riqueza
orçamentário de nosso Estado, o lucro obtido com as exportações, para investir
pesado no saneamento, concursando trabalhadores, etc. Porém isso só poderá acontecer se o governo mudar a
prioridade, acabar com a isenção de impostos às fortunas (Lei Kandir) e
investir mais ainda do que investe hoje na Cosanpa. Belém investiu em média, R$
42,7 por habitante entre 2008 e 2011. Por que não aumentar para os índices de
Praia Grande, que investiu R$ 300 por habitante no mesmo período? Falta de
dinheiro não é justificativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário