18 de setembro de 2013

Solidariedade aos jornalistas de Belém: Trabalhador Vale Mais

 
Já passa de um mês a mobilização dos jornalistas de Belém por piso salarial e melhores condições de trabalho. A maioria dos jornalistas de rádio, TV e impresso da capital não recebem o piso salarial e, além disso, sofrem com o assédio moral, hora extra não remunerada, insegurança e a carteira assinada ainda é um privilégio. Esse é o cenário de várias categorias que, recentemente, protagonizaram lutas na cidade, como os professores da rede municipal, os comerciários e os trabalhadores da construção civil. Mas tem uma diferença: os jornalistas não se organizam na busca de seus direitos há décadas e, hoje, já pensam em fazer uma greve unificada.
 
A pior profissão - Um  estudo da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) revela que apenas 39% dos jornalistas brasileiros trabalham com carteira assinada. A maior parte dos profissionais é terceirizada ou, no jargão jornalístico, “PJs” (pessoas jurídicas). A pesquisa intitulada “Quem é o jornalista brasileiro? Características demográficas, políticas e do trabalho (2012)”, revela o cenário de exploração no qual os profissionais estão sujeitos. A exploração se fez mais clara aos olhos dos profissionais e estudantes da área com a divulgação de outra recente pesquisa: Segundo o site de empregos ADZUNA, o Jornalismo é a quarta pior profissão no Brasil.
 
Exploração - Alguns acharam exagero, mas o relato dos trabalhadores em ATO realizado no último dia 13 confirma. São várias as vezes em que as horas extras não são pagas devidamente, as folgas não são respeitadas, a dupla função sofre vista grossa e os riscos em reportagens policiais não é levado em consideração. Sem falar na falta de materiais como papel higiênico, água potável, refeitório, creche, licença maternidade, plano de cargo e salário, etc.
 
No princípio parece contraditório que trabalhadores nessas condições possam passar mais de 20 anos sem se mobilizar e lutar pelos seus direito. Mas esse, talvez, seja o mais forte sintoma da alta competitividade e assédio moral nas redações. Desde junho a juventude e os trabalhadores brasileiros estão saindo de casa e indo as ruas lutar pelos seus direitos, e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), que esteve em todas essas lutas, se solidariza a mais essa justa mobilização. Para o PSTU, trabalhador vale mais!
 
Denunciamos também o desrespeito com que os trabalhadores do Diário estão sendo tratados
com demissões que são verdadeiras ameaças. Cotidianamente, os trabalhadores que ousam ir
às ruas reivindicar um salário justo, emprego ou justiça social sofrem retaliações seja do chefe,
da polícia, da justiça burguesa ou da própria imprensa. Então, o jornalista que, muitas das
vezes, é compelido a escrever notícias que recriminam o movimento, sabe que só a união e a continuidade da luta garantem vitórias.
 
Só a luta muda a vida - Diante de toda a intransigência, a greve parece a única saída para
garantir a  implementação do piso salarial de R$ 1.900, plano de cargos e salários, ticket alimentação, pagamento de horas extras e melhores condições de trabalho. Nenhum passo atrás, jornalista que luta vale mais!
 
Secretaria de Comunicação do PSTU e Mandato do vereador Cléber Rabelo.

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