No último dia 16, indígenas e
ativistas realizaram um protesto em um dos canteiros de obra de Belo Monte. Eles
participavam das discussões do Xingu +23, evento paralelo a Rio +20, que
aconteceu em Altamira e buscava dar visibilidade para a luta contra as grandes hidrelétricas
na Amazônia.
O protesto não foi organizado
pela coordenação do evento, mas foi fruto da indignação do povo
Assurini-do-Xingu e outros povos indígenas, que convivem com a destruição causada
pela construção da barragem. Indignados com o despejo de famílias ribeirinhas
da comunidade Santo Antônio e apoiados por alguns ativistas do movimento Xingu
Vivo para Sempre, eles ocuparam o canteiro e fizeram uma pajelança. Revoltados
com a falta de respostas da direção da empresa eles resolveram ocupar o
escritório da CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) na tentativa de serem
ouvidos, mas não tiveram sucesso.
Governo e NESA querem criminalizar o movimento
Logo após o fato, a Norte Energia
SA resolveu criminalizar os lutadores sociais que apoiaram a luta dos indígenas,
ajudada pela policia civil prendeu e indiciou 6 ativistas acusados de depredação do patrimônio da empresa. Esse fato ocorrido
durante a Rio +20 é ilustrativo sobre como pretende o governo federal
desenvolver de forma sustentável o lucro das grandes empresas, em detrimento da
vida, do meio ambiente e da democracia.
Belo Monte configura-se como uma das
maiores violações a natureza da história do nosso país, sem falar nas violações
de direitos humanos, que chegaram a ser denunciadas pela OEA, mas que seguem
ocorrendo na região de Altamira. Por isso, o PSTU apoia a luta dos povos do
Xingu e do movimento Xingu Vivo para Sempre e chama todas e todos a se somarem a luta contra os grandes projetos de
destruição da floresta.
PSTU-PA
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