23 de junho de 2012

Nota: PSTU Pará apoia a luta dos povos do Xingu contra Belo Monte


No último dia 16, indígenas e ativistas realizaram um protesto em um dos canteiros de obra de Belo Monte. Eles participavam das discussões do Xingu +23, evento paralelo a Rio +20, que aconteceu em Altamira e buscava dar visibilidade para a luta contra as grandes hidrelétricas na Amazônia.
O protesto não foi organizado pela coordenação do evento, mas foi fruto da indignação do povo Assurini-do-Xingu e outros povos indígenas, que convivem com a destruição causada pela construção da barragem. Indignados com o despejo de famílias ribeirinhas da comunidade Santo Antônio e apoiados por alguns ativistas do movimento Xingu Vivo para Sempre, eles ocuparam o canteiro e fizeram uma pajelança. Revoltados com a falta de respostas da direção da empresa eles resolveram ocupar o escritório da CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) na tentativa de serem ouvidos, mas não tiveram sucesso.
Governo e NESA querem criminalizar o movimento
Logo após o fato, a Norte Energia SA resolveu criminalizar os lutadores sociais que apoiaram a luta dos indígenas, ajudada pela policia civil prendeu e indiciou 6 ativistas acusados de depredação do patrimônio da empresa. Esse fato ocorrido durante a Rio +20 é ilustrativo sobre como pretende o governo federal desenvolver de forma sustentável o lucro das grandes empresas, em detrimento da vida, do meio ambiente e da democracia.
Belo Monte configura-se como uma das maiores violações a natureza da história do nosso país, sem falar nas violações de direitos humanos, que chegaram a ser denunciadas pela OEA, mas que seguem ocorrendo na região de Altamira. Por isso, o PSTU apoia a luta dos povos do Xingu e do movimento Xingu Vivo para Sempre e chama todas e todos a se somarem a luta contra os grandes projetos de destruição da floresta.

PSTU-PA

Nenhum comentário:

Postar um comentário