28 de junho de 2012

Protestos na frente do Banco Central, marca jornada de luta dos trabalhadores

Manifestantes realizaram, na manha desta quinta-feira, um ato público em defesa das greves nos órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Aglutinados na frente da Sede do Banco Central, emBelém, cerca de 400 estudantes, professores, técnicos administrativos da UFPA e UFRA, além de trabalhadores do INCRA, FUNASA, IBAMA, Construção Civil e outras categorias, protestaram por melhorias nas condições de trabalho, reajuste salarial, contra a privatização dos hospitais universitários, contra a privatização da previdência social e em solidariedade os companheiros e companheiras que foram indiciados criminalmente pelos protestos em Altamira, durante o Xingu +23.
O PSTU esteve presente na mobilização e participação ativa no protesto. Para o partido, a culpa da crise econômica mundial é única e exclusivamente dos governos capitalistas, banqueiros e das multinacionais, que controlam toda a economia mundial em favor de seus interesses. O governo brasileiro destina 47% do orçamento da União para o pagamento de juros e amortização da dívida pública. Para a Saúde e Educação são destinados apenas 7%. Além disso, são deixados de recolher cerca de 17 bilhões de reais, com isenções fiscais e perdões de dívida, de fabricante de automóveis e empresários da educação.
O operário da construção civil e presidente do Diretório Estadual do PSTU, Cléber Rabelo esteve presente na mobilização e em sua fala reiterou a necessidade dos trabalhadores se organizarem para lutarem contra os ajustes fiscais dos governos e contra os planos de austeridade implementados em todo o mundo, com vista a manter a ordem política e econômica do capitalismo, que explora todos os dias milhares de trabalhadores e trabalhadoras, retirando seus direitos, reduzindo seus salários e precarizando os serviços básicos para a população, saúde, empregos, previdência social, segurança e etc. O partido acredita que somente com a luta e a mobilização direta dos trabalhadores, vamos poder construir uma forte greve geral no Brasil, semelhante ao que está ocorrendo em alguns países europeus, devido atual crise econômica mundial.
A servidora pública federal, Ângela Azevedo, também esteve presente na manifestação. Ângela que também é militante do PSTU e uma das dirigentes do comando de greve dos servidores das instituições federais, ressaltou a importância e o tamanho dessa greve na Educação que já se tornou a maior nos últimos 10 anos, desde a chegada do governo Lula e Dilma, já são 55 instituições paradas que reivindicam o reajuste salarial, incorporação do planos de carreira, cargos e remuneração (PCCR), além de greve estudantil em diversas universidades, a exemplo da UFPA, UFRA e UFOPA, em que os estudantes estão paralisados desde o inicio do mês.
Em Belém a rede municipal de ensino conta com 59 escolas, 53 unidades pedagógicas e apenas 34 creches. Para a servidora, que também é professora da rede básica, as principais dificuldades encontradas são as péssimas condições de trabalho, falta de valorização dos profissionais e a corrupção por parte do poder público. A corrupção no Brasil custa cerca de 3,5 bilhões de dólares, ou seja, convertido em reais a algo em torno de 7,5 bilhões. E quem paga a conta são os trabalhadores e trabalhadoras.
Além das pautas das greves, o PSTU se solidariza com os povos de Xingu na luta contra Belo Monte. Na manhã de ontem, de forma arbitrária, foi decretada a prisão de 11 ativistas do Movimento Xingu-Vivo que participaram dos protestos ocorridos em Altamira, durante o Xingu +23. A justiça paraense, o governo federal e a Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina, tentam a todo custo criminalizar os movimentos sociais que se colocam contra esse megaprojeto, que devasta a floresta amazônica, extingue centenas de animais, além de desabrigar populações ribeirinhas e populações indígenas residentes na área a centenas de anos.










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