Com a proximidade das eleições municipais, a ansiedade toma conta da
população de Belém, pois ninguém agüenta mais o governo do atual prefeito. Sem
dúvida alguma, um dos piores que Belém já teve.
Os serviços públicos estão completamente falidos. Belém é a 2ª capital
com o pior serviço de saúde pública do país, segundo a pesquisa do DATASUS, que
ouviu os usuários da rede pública em todo o país. Só “ganha” do Rio de Janeiro.
Os escândalos de corrupção envolvendo o ex-secretário de saúde, Sérgio
Pimentel, e o caos cotidiano nos pronto-socorros do Guamá e da 14 de março são
exemplos que confirmam esse vergonhoso título. Mas infelizmente não é só a
saúde pública de Belém que está falida.
O transporte público é uma verdadeira humilhação, sobretudo para quem
mora pelas bandas da BR e da Augusto Montenegro. São 8 anos de governo Duciomar
Costa (PTB) em que o povo pobre que precisa de transporte coletivo sofre todos
os dias com ônibus lotados, sujos, perigosos e tarifas caras. O trânsito vai de
mal a pior e a CTBEL e o DETRAN só querem saber de ganhar dinheiro. Educação
para o trânsito que é bom, nada. E o BRT (“ônibus de trânsito rápido”), que
está gerando uma enorme expectativa na população, já nasceu a partir de uma
licitação fraudulenta envolvendo R$430 milhões para a construtora Andrade
Gutierrez e virá acompanhado de aumento da tarifa de ônibus. Além disso, uma
pergunta fica: será que ela vai ser entregue em 18 meses mesmo? A gente até
desconfia, pois só a passarela do Castanheira demorou 3 anos pra ser
construída. Haja transtorno!
Outra vergonha nacional de nossa cidade diz respeito à política de
habitação e saneamento. Segundo o IBGE, 53,9% da população de Belém vivem em
áreas de assentamento irregulares. O mesmo vale para o saneamento. Das 81
cidades com mais de 300 mil habitantes, Belém é a 73ª em atendimento de coleta
de lixo, rede de esgoto e água tratada. E ao invés de investir em saneamento
básico, o que Duciomar tentou fazer duas vezes foi privatizar a Cosanpa.
Saneamento básico é fundamental, pois a cada R$ 1,00 investido em saneamento,
economiza-se R$ 4,00 em saúde pública, garantindo assim qualidade de vida para
a população. Infelizmente a notícia que tivemos no Dia Mundial da Água, no dia 22/03,
foi a de que os lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis pela maior parte do
abastecimento da cidade, estão com os dias contados de tanta poluição.
Além disso, Belém tem um déficit de 85% de creches públicas, a educação
sofre com a precarização do ensino e os servidores com o arrocho salarial. Não
há política de incentivo à cultura, ao esporte e ao lazer para a juventude, que
é conduzida ao mundo do crime e das drogas por falta de perspectivas. Enquanto
isso, os empresários de ônibus são agraciados com isenção fiscal de R$ 84
milhões de ISS, como ocorreu em 2009. Já os ambulantes são agredidos e proibidos
de trabalhar e ainda tem suas mercadorias apreendidas.
É preciso inverter essa lógica de governo, em que os grandes empresários
ganham incentivos fiscais para lucrar mais e o povo pobre trabalhador não tem
sequer seus direitos constitucionais respeitados. Só com a formação de uma
Frente de Esquerda e dos Trabalhadores que apresente um programa que priorize
as demandas dos trabalhadores e um modo de governo democrático, em que 100% do
orçamento seja discutido e decidido pela população através de conselhos
populares é que podemos mudar a realidade de nossa cidade que está prestes a
fazer 400 anos e encontra-se abandonada por um governo de empresários e corruptos.
Esse é o chamado que o PSTU faz ao PSOL, ao PCB, aos movimentos sociais e a
toda a classe trabalhadora de Belém. Vamos colocar Belém nas mãos dos
trabalhadores!
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