A situação dos trabalhadores e
dos indígenas da região do Xingu está cada vez mais difícil com o andamento das
obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. São as remoções forçadas que devem
atingir até 25 mil pessoas que estão sendo obrigadas a sair de suas casas por
conta dos alagamentos para construção da barragem; São os povos indígenas que
serão afetados em seu modo de vida pela barramento do rio e o governo lhes nega
o direito às oitivas; São os preços dos alimentos e dos aluguéis que não param
de subir por conta do desequilíbrio causado pela forte imigração e pela falta
de infra-estrutura urbana; É a criminalidade que está numa escalada ofensiva,
seja de assassinatos, roubos e violência sexual contra crianças e adolescentes;
São as péssimas condições de trabalho e a super-exploração dos operários dos
canteiros de obra que sofrem acidentes, morrem e tem seus direitos trabalhistas
desrespeitados. Belo Monte é uma verdadeira catástrofe humanitária. A vida no
Xingu está ameaçada em nome da produção de energia para empresas de fora da
região e do lucro das grandes empreiteiras.
Enquanto isso, 12 ações judiciais
do Ministério Público contra a construção da Usina estão paradas na Justiça
Federal.
O PSTU está empenhado junto aos
movimentos sociais que lutam contra a Usina na organização de atividades
paralelas à “rio +20”, que ocorrerá em junho, para denunciar para os povos de
todo o mundo os crimes ambientais e humanos que estão sendo cometidos na região
do Xingu e exigir do governo Dilma que pare com a construção da Usina e
redirecione os investimentos previstos para a construção da barragem (de cerca
de R$ 30 bilhões) para um planos de obras de públicas de interesse social do
povo da região com o objetivo de manter os empregos e avançar na resolução de
problemas históricos, como a falta de moradia, saneamento, transporte, saúde,
educação, segurança pública, reforma agrária, preservação ambiental e apoio à
agricultura familiar.
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