Cerca
de 400 pessoas ocuparam o centro de Belém na II versão da marcha das vadias
Aconteceu no último domingo,
27 de Maio, a II marcha das Vadias – Belém. Seguindo a tradição e o poder de
mobilização do ano anterior, a II versão da manifestação reuniu centenas de
mulheres jovens, estudantes, trabalhadoras e donas de casa que expuseram no
próprio corpo e com as suas vozes toda a indignação contra o machismo da
sociedade capitalista.
O Movimento Mulheres em Luta
(MML) marcou presença na marcha com uma coluna bastante animada. Palavras de
ordem como “oh,oh Dilma, eu quero ver,
abrigo e creche acontecer” e “contra a crise do capital, homem e mulher
tem que ter salário igual” foram a principal demarcação da posição política
desse coletivo. Na intervenção da
companheira Marcela Azevedo, pelo MML, foi ressaltado que as políticas da
primeira presidente mulher do Brasil não vão ao sentido de responder as
demandas das mulheres trabalhadoras. Deu-se o exemplo de que os cortes de 55
bilhões no orçamento das secretarias de educação, saúde, assistência e
segurança é o que não permite a ampliação e aplicação concreta da Lei Maria da
penha ou a construção das 06 mil creches públicas anunciadas por Dilma durante
a campanha eleitoral de 2010.
Cleber Rabelo, da CSP-
Conlutas e militante do PSTU, ressaltou que a luta contra todas as formas de
opressão é tarefa de homens e mulheres trabalhadores e que essas ideologias em
tempo de crise econômica mundial tendem a se aprofundar. Cleber concluiu afirmando
que o combate às opressões deve ser uma luta contra o capitalismo e em defesa
de uma sociedade socialista.
Gisele Freitas, da
coordenação do ato e do MML, destacou a importância dessa iniciativa pelo fato
de trazer homens e mulheres às ruas para denunciar o machismo. Disse ainda que
a unidade dos diversos coletivos de mulheres organizados na cidade, na
coordenação da marcha fortalece a luta contra o machismo e a exploração
capitalista.
A marcha caminhou da
escadinha da Estação das Docas até a Praça da República sob os olhos atentos de
várias famílias e transeuntes. Ao final foi realizada uma mística que
homenageou grandes mulheres como Frida Kalo, Dandara e outras.
Marcela Azevedo
Movimento Mulheres em
Luta- Pará
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