1 de junho de 2012

Todo apoio à greve das universidades federais!



 As universidades federais brasileiras vivem um novo e importante momento de lutas e mobilizações em defesa da valorização dos servidores públicos federais e da educação pública de qualidade.
A greve dos professores iniciada em 17 de agosto já atinge 50 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), a maior desde 2001. Já foram deflagradas greves estudantis em 16 IFES contra a precarização do ensino e há um indicativo dos técnico-administrativos de início das paralisações para o dia 11 de junho.
Essa realidade é fruto da política de arrocho do governo Dilma sobre o funcionalismo público federal, de sua política educacional neoliberal e da intransigência do MEC e do MPOG em negociar com os trabalhadores.
Acordos são descumpridos, reuniões são desmarcadas e a indignação diante disso é tanta entre os três segmentos (professores, técnicos e estudantes) que fazem o dia-a-dia das universidades que ficou impossível continuar a trabalhar como se nada tivesse acontecendo.
 O argumento do governo para enrolar e negar as reivindicações dos professores, técnicos e estudantes é de que não tem dinheiro para investir em melhores salários, em carreira digna e melhores condições de trabalho. Mas será que não tem mesmo?
O Brasil é a 6ª economia do mundo, com um PIB de R$ 4,14 trilhões, onde os banqueiros e grandes empresários nunca lucraram tanto, seja via verba do BNDES, seja via isenção fiscal. O problema não é a falta de dinheiro. Mas sim para onde ele vai. Quase metade do orçamento (cerca de 45%) da união deste ano de 2012 está destinado para pagar os juros e amortizações de um dívida pública que já foi paga várias vezes e que continua a crescer. Além disso, só de cortes no orçamento das áreas sociais, já se acumula R$ 55 bilhões, o maior da história. Enquanto isso, tem muito dinheiro para as construtoras, os bicheiros e os políticos chafurdarem na lama da corrupção.
Temos que seguir o exemplo do povo grego e construir uma grande greve geral nas universidades brasileiras para dobrar o governo e garantir melhores salários, carreira digna e investimento de no mínimo 10% do PIB na educação pública. Só com a intensificação das lutas e a unificação das greves em curso é que podemos derrotar a política de arrocho e precarização do governo e sair vitoriosos desse processo.

PSTU

www.pstu.org.br

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