14 de setembro de 2012

Mulheres da construção civil ocupam seu espaço na greve da categoria!

No 3º dia de greve da construção civil de Belém, 6 de setembro, as mulheres da categoria se reuniram para avaliar suas pautas específicas que estão na mesa de negociação e fortalecer o movimento geral do setor. Elas começaram a chegar à frente do sindicato desde as 6 horas da manhã e muitas vieram nos piquetes das diversas regiões da cidade de Belém, bem como, de Ananindeua e Marituba que também estão em greve.
Por volta das 9:30h da manhã, as operárias se reuniram no auditório do sindicato conduzidas pelas diretoras da entidade.


A companheira Deuzinha, coordenadora geral do sindicato, parabenizou as mulheres por estarem aderindo ao movimento grevista e reforçou que a organização e a luta das mulheres na categoria vêm crescendo a cada dia “Nunca se viu tantas mulheres participando da greve e esta diretoria se orgulha de ter construído a secretaria de mulheres que impulsionou a nossa organização” e disse ainda “A nossa classificação vai se conquistada com a força da nossa luta”.


Em seguida, a companheira Giselle Freitas, do Movimento Mulheres em Luta, saudou as companheiras e afirmou que as mulheres de outras categorias e estudantes apoiam a greve da construção civil e as reivindicações específicas das mulheres.



Josiane quemel, da CSP-Conlutas Pará também esteve na reunião e ratificou o apoio da central a essa luta, e disse ainda que é cada vez maior o número de mulheres na construção civil, mas cresce também a exploração no canteiro de obras “a patronal recebe as mulheres no setor reforçando o machismo e a idéia de que somos inferiores e por isso recebemos menos”  e finalizou “não abrimos mão de lutar contra o assédio moral no local de trabalho e por salário igual para homens e mulheres”.
A companheira Maria do socorro, que ao longo dos 18 anos de trabalho na categoria ficou conhecida como “neguinha”, demonstrou toda sua indignação com a proposta da patronal e a situação que vivem as mulheres nos canteiros de obra “Tem empresa que paga R$160,00 na produção para as mulheres. Isso é um absurdo! Nós temos que lutar muito para mudar essa realidade”
A companheira Marcela Azevedo, do PSTU, afirmou que a construção civil é exemplo de luta para todo o país, assim como as mulheres da categoria e finalizou colocando a candidatura do partido a disposição da luta da categoria “Nós do PSTU estamos presente em todas as mobilizações da construção civil e o companheiro Cleber Rabelo é expressão do que nós defendemos, por isso o seu mandato estará a serviço das lutas de todas as categorias de Belém”.
Ao final, as companheiras se juntaram ao conjunto dos trabalhadores entoando a palavra-de-ordem “contra o assédio da patronal, homem e mulher tem que ter salário igual”. A pauta específica das mulheres na campanha salarial é por classificação e qualificação profissional, presença de pelo menos 10% de mulheres por empresa, licença-maternidade de seis meses e creches nos locais de trabalho. Até o momento a patronal não apresentou nenhuma proposta para a pauta das operárias.

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