Por volta das
9:30h da manhã, as operárias se reuniram no auditório do sindicato conduzidas
pelas diretoras da entidade.
A companheira Deuzinha, coordenadora geral do sindicato, parabenizou as mulheres por estarem aderindo ao movimento grevista e reforçou que a organização e a luta das mulheres na categoria vêm crescendo a cada dia “Nunca se viu tantas mulheres participando da greve e esta diretoria se orgulha de ter construído a secretaria de mulheres que impulsionou a nossa organização” e disse ainda “A nossa classificação vai se conquistada com a força da nossa luta”.
Em seguida, a companheira Giselle Freitas, do Movimento Mulheres em Luta, saudou as companheiras e afirmou que as mulheres de outras categorias e estudantes apoiam a greve da construção civil e as reivindicações específicas das mulheres.
Josiane quemel, da CSP-Conlutas Pará também esteve na reunião e ratificou o apoio da central a essa luta, e disse ainda que é cada vez maior o número de mulheres na construção civil, mas cresce também a exploração no canteiro de obras “a patronal recebe as mulheres no setor reforçando o machismo e a idéia de que somos inferiores e por isso recebemos menos” e finalizou “não abrimos mão de lutar contra o assédio moral no local de trabalho e por salário igual para homens e mulheres”.
A companheira
Maria do socorro, que ao longo dos 18 anos de trabalho na categoria ficou
conhecida como “neguinha”, demonstrou toda sua indignação com a proposta da
patronal e a situação que vivem as mulheres nos canteiros de obra “Tem empresa que paga R$160,00 na produção
para as mulheres. Isso é um absurdo! Nós temos que lutar muito para mudar essa
realidade”
A companheira
Marcela Azevedo, do PSTU, afirmou que a construção civil é exemplo de luta para
todo o país, assim como as mulheres da categoria e finalizou colocando a candidatura
do partido a disposição da luta da categoria
“Nós do PSTU estamos presente em todas as mobilizações da construção civil e o
companheiro Cleber Rabelo é expressão do que nós defendemos, por isso o seu
mandato estará a serviço das lutas de todas as categorias de Belém”.
Ao final, as
companheiras se juntaram ao conjunto dos trabalhadores entoando a
palavra-de-ordem “contra o assédio da
patronal, homem e mulher tem que ter salário igual”. A pauta específica das
mulheres na campanha salarial é por classificação e qualificação profissional,
presença de pelo menos 10% de mulheres por empresa, licença-maternidade de seis
meses e creches nos locais de trabalho. Até o momento a patronal não apresentou
nenhuma proposta para a pauta das operárias.
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