O Dia Nacional de Paralisação, convocado por diversas Centrais Sindicais, começou cedo em Belém. Já por volta das 6h30, vários canteiros de obra espalhados por vários pontos da cidade estavam parados. Os trabalhadores da construção civil de Belém, aprovaram greve em assembleia realizada ontem à noite e se somaram à mobilização nacional de hoje.
Segundo o vereador Cleber Rabelo (PSTU), a paralisação interna nos canteiros de obra feita hoje é prova viva da necessidade que os trabalhadores têm de lutar, não só por pautas econômicas, mas também por pautas políticas.
“O aumento do salário é importante porque é o
que determina quanto nós temos para colocar comida na mesa dos nossos filhos,
mas mesmo que conseguíssemos 100% de reajuste seria insuficiente. Nós, trabalhadores,
construímos esse país e não podemos usufruir de direitos básicos, como saúde,
educação e moradia. É preciso inverter essa lógica!”, afirmou o vereador.

Para o representante estadual da CSP-Conlutas,
Abel Ribeiro, o dia 30 de agosto é parte das lutas iniciadas pela juventude, no
mês de junho, e conseguiu ser superior à forte paralisação realizada pelos
trabalhadores do dia 11 de julho.
“As fortes mobilizações iniciadas pela juventude deixaram os governos contra a parede e questionam a lógica imposta por eles, de entrega dos recursos do nosso país aos banqueiros e empresários. O Dia nacional de Paralisações questiona tudo isso e deixa o recado dos trabalhadores: estamos prontos para a luta!”, disse.
Unificar a luta!
A paralisação dos canteiros de obra de Belém
foi garantida com o apoio da juventude e trabalhadores do PSTU. Isso porque os
diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém (STICMB),
se dirigiram para os municípios de Ananindeua e Marituba para mobilizar a
categoria. Diferente de Belém, os sindicatos destes municípios fecharam o
acordo de 9% com a patronal, um acordo muito recuado perto da exigência de 16%
feita pela categoria.
Com o apoio da diretoria do STICMB e do vereador Cleber Rabelo, a
paralisação de duas horas também foi garantida nesses dois municípios e uma
nova assembleia com mais de dois mil trabalhadores foi realizada. Na ocasião,
os trabalhadores revogaram a decisão da assembleia anterior de aceitar os 9% e
votaram pela greve da categoria a partir da próxima segunda-feira (2).

Agora, operários de Belém, Ananindeua e Marituba irão enfrentar a patronal
e seus governos, PSDB e PMDB (Jatene, Zenaldo, Pioneiro e Elivan Faustino), que
financiam os empresários do setor. Sem contar que estes empresários estão entre
os maiores beneficiários do governo Dilma (PT). Só 9% não dá! Queremos cesta
básica, já!
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