25 de setembro de 2013

Governo Dilma avança nas privatizações e na entrega do petróleo brasileiro em mãos estrangeiras


Se durante sua campanha presidencial Dilma defendia a soberania dos recursos naturais do Brasil para garantir investimentos sociais, agora anuncia, com data marcada para o dia 22 de outubro deste ano, o leilão da maior reserva de pré-sal do Brasil, o campo de Libra. Dando seguimento a lógica privatista de Fernando Henrique Cardoso, o governo petista prevê a venda do megacampo, que tem seu valor estimado em um trilhão e meio de dólares, pela ninharia de pouco mais de um bilhão de dólares, o que significa apenas 0,1% do valor total.

De um campo que pode produzir em média 50 barris lucro. Ou seja, grande parte da riqueza brasileira, como vem sendo de costume, vai para as mãos do capital, do imperialismo.   Com o incoerente argumento de que o leilão é para garantir o abastecimento do país, o governo petista, desde Lula, já conseguiu superar o mandato tucano de FHC nas privatizações. Não adianta, é mais do que sabido que as empresas privadas que irão arrematar o campo visam apenas à garantia dos seus lucros exorbitantes e com isso o Brasil, um dos maiores produtores e exploradores de petróleo do mundo, se torna cada vez mais dependente da importação de combustível. A Petrobras, nesse caso, entra apenas como sócia dessas empresas.

O que era ruim fica pior - E assim, mais uma vez, o atual governo vai contra a corrente de manifestações, protagonizado pela juventude brasileira nos últimos meses, atacando o direito a educação e a um transporte de fato público e de qualidade. Se antes a ideia de investir 100% dos royalties do petróleo na educação já não convencia, agora fica mais difícil ainda acreditar que essa medida resolveria os problemas de precarização da educação no Brasil. Em projeto sancionado pela presidente Dilma, fica acertado que 75% vai para educação e apenas 25% para a saúde. Isso significa 0, 1% de todo o royalty que é arrecado com exploração do petróleo no nosso país. Outra coisa a se ressaltar é que a crescente dependência do mercado externo em relação ao combustível aumentará o preço da gasolina e do gás, por exemplo, com um efeito dominó que fará subir o preço do transporte público e também dos alimentos.


Pela retomada do monopólio estatal do petróleo 


Agora se faz mais do que necessário a saída às ruas pela juventude brasileira. Não podemos aceitar que a garantia dos nossos direitos seja deixada de lado. Vamos continuar reivindicando a aplicação imediata de 10% do PIB para educação e a implantação do passe livre para estudantes e desempregados. Além disso, temos que exigir que toda essa riqueza, gerada pela exploração do petróleo, seja investida na resolução dos problemas da educação, do transporte e da saúde e não na geração de lucro para os empresários. 

A luta pela defesa de uma Petrobras 100% estatal e contra os leilões dos nossos poços de petróleo também é da juventude, que pode significar uma melhoria na condição de vida do povo brasileiro. 

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