25 de setembro de 2013

Trabalhadores da Educação entram em greve no Pará


Os trabalhadores da educação no Pará entraram em greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira, 24. Cerca de três mil pessoas entre professores, estudantes secundaristas do coletivo Reviravolta, universitários, entidades como a Anel,e outros servidores caminharam pelas principais ruas de Belém até a SEAD, a Secretaria de Administração do governo de Simão Jatene, do PSDB. Lá já estava presente uma comissão formada por professores, que foi recebida pela equipe do governo Jatene para negociar. O ato esteve concentrado desde as 8:30 em frente ao CAN(Centro Arquitetônico de Nazaré), com carro som e agitação dos professores e estudantes com cartazes, faixas, apitos e nariz de palhaço.

Na última assembleia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará(Sintepp) e a categoria de professores votaram pela greve porque o governo não vem cumprindo com o Plano de Carreira da categoria(PCCR) e nem com a jornada de trabalho. Abel Ribeiro, professor de sociologia e militante do PSTU denuncia que o governo de Jatene, não vem cumprindo com o PCCR e nem com a jornada e a manutenção das aulas suplementares. Os professores exigem pagamento do retroativo do piso nacional, eleição direta para Diretor e reforma imediata das escolas.

No estado todo do Pará existe, segundo a equipe de governo, 700 escolas que precisam de reforma e segundo Abel, foi dado um prazo de cinco anos para concluir toda a reforma. “Nós queremos a aceleração desse prazo”, disse ele. Abel também denuncia que o governo de Simão Jatene(PSDB) criminalizou o movimento grevista dos professores, antes mesmo da greve ser deflagrada com uma ação na justiça que considerava a greve ilegal, mas mesmo com essa decisão a categoria não se amedrontou. De acordo com Abel, além de Belém, mais 30 municípios entre eles Marabá, Bragança,Castanhal e Nova Timboteua, também entraram em greve.

Na reunião com a comissão de professores, no final da manhã, a equipe do governo apresentou dois projetos de lei. Um que versa sobre o SOME(Sistema Modular de Ensino) e o outro que trata da regulamentação, da jornada e das aulas suplementares. Uma equipe do sindicato irá analisar os projetos. Nesta quinta-feira,26, irá acontecer uma nova Assembleia para discutir os rumos da greve.
"A greve vem numa dinâmica de crescimento, com o apoio de estudantes e pais. Não vamos recuar, até que nossas pautas sejam atendidas", disse Abel Ribeiro. "O governo vem há anos enrolando nossa categoria, a respeito disso. A greve continua, Jatene a culpa é tua", finalizou.

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