30 de janeiro de 2014

Governo Jatene descumpre o acordo com os trabalhadores da educação!

O ano de 2014 mal começou e o governo Jatene (PSDB) já desfere um duro ataque aos trabalhadores da educação pública ao descumprir o acordo feito na histórica greve de 2013. Foram 52 dias de intensas mobilizações dos professores e funcionários das escolas públicas em defesa do reajuste salarial digno, pelo cumprimento da lei nacional do piso, pelo pagamento do retroativo de 2011, por melhorias na jornada, na carreira e nas condições de trabalho. Ainda assim, Jatene insiste no não pagamento do piso salarial nacional. O desrespeito é tamanho que nem o retroativo referente ao reajuste do piso no ano de 2011 foi pago.
Os trabalhadores em educação se concentraram ontem em frente à Secretaria de Estado de Administração e exigiram uma assembleia com a secretária Alice Viana na tentativa de obter respostas.
"O governo Jatene tem propagandeado para a população a "vitória" do Pacto pela Educação, onde o governo fez um empréstimo de milhões de dólares pelo BID. Mas esse pacto não teve elaboração, nem participação dos trabalhadores e reforça uma política meritocrática que vai contra aqueles que lutam pelos seus direitos. Com um governo que não valoriza os trabalhadores, não cumpre com a jornada de trabalho e não paga o piso nacional, o Pará vai continuar no fim da fila do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), afirmou o vereador do PSTU, Cleber Rabelo.
Mas, infelizmente, os ataques à educação pública não vem apenas do governo tucano. O governo Dilma (PT), também é responsável pelo caos na educação em nosso estado e em todo o país, pois atua sistematicamente para desmontar a lei do piso. Através de manobras no cálculo do reajuste do piso nacional, estabelecido por lei federal, o governo diminuiu o reajuste que deveria ser de mais de 19% para apenas 8,32%.
“Além disso, o governo se nega a investir 10% do PIB em educação pública já e segue privilegiando o repasse de bilhões de reais para os empresários do ensino superior, através de isenções fiscais, e para estádios da Copa do Mundo”, disse Cleber.
Mesmo sem apoio e participação da direção majoritária do SINTEPP (APS/PSOL), o ato realizado ontem, segundo o coordenador estadual da CSP-Conlutas, Abel Ribeiro, foi de extrema importância e serviu para mostrar que a categoria está disposta a lutar. “A pressão feita pela base da categoria já mostrou resultados, pois mudou a postura do governo e da direção do sindicato. Só com nosso primeiro ato, conseguimos uma reunião com governo para exigir respostas a esses ataques, mas também, uma assembleia geral do SINTEPP para articularmos nossa resistência.”, disse Abel.
A reunião entre o governo e o SINTEPP está marcada para hoje (30/01), às 14h. E a assembleia geral dos professores acontecerá no dia 06/02, às 9h, no campus CNTT-UEPA (Enéas Pinheiro, nº2626).

Nenhum comentário:

Postar um comentário