11 de abril de 2014

Em clima de guerra, polícia expulsa 5 mil pessoas de ocupação no Rio de Janeiro


Cenas de guerra na manhã desse dia 11 no Rio de Janeiro. A Polícia Militar do Rio cumpriu mandado de reintegração de posse de um terreno da Oi, na região de Engenho Novo, Zona Norte do Rio. O terreno, um conjunto de prédios, estava desocupado há 10 anos.




Foto: O Globo
Cerca de 1600 homens da PM foram mobilizados a partir das 6h para retirar à força os mais de 5 mil moradores que ocupavam o local desde o final de março. A ação policial foi de extrema brutalidade, com bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Entre os feridos estão várias crianças. Helicópteros lançam bombas de gás sobre os moradores, como no Pinheirinho há dois anos. Cenas mostram ainda a utilização inclusive de armas de fogo pela polícia. Profissionais de imprensa estão sendo coagidos pela polícia e um fotógrafo do Jornal O Globo chegou a ser detido por registrar a ação. Para quem não se lembra, a Oi é aquela empresa beneficiada pelo governo do PT, que apostava na criação de uma 'supertele' brasileira. 

Essa desocupação foi uma das primeiras ações do governo Pezão, que substituiu Cabral no governo do Rio. Há poucos dias da Copa, o governo e a polícia não iam permitir a formação de uma ocupação em uma região importante da cidade. Aqui em Belém, onde não terá jogos do mundial a especulação também é alta e as reintegrações de posse violentas. Em Osasco (SP), a ocupação Esperança resiste há 7 meses sobre ameaças - leia aqui. Ao contrário do Pinheirinho (clique aqui), há dois anos, porém, essa ação está sendo realizada por um governo aliado de Dilma. O governo federal vai se manter omisso diante dessa brutalidade?



Foto O Globo
Violência - Nem as crianças, mulheres grávidas ou os idosos não foram poupados. Apesar de jornalistas serem impedidos de entrar no campo de guerra formado pela polícia, vários fotógrafos conseguiram registrar alguns momentos de aflição vividos por moradores. A maioria deles são trabalhadores que alegam o aumento do valor do aluguel da cidade para a ocupação do terreno. A maioria deles chegou no fim de março e já começavam a organizar moradias e áreas de uso comum no espaço. Buscavam o que tem direito por lei: um lugar para morar. Mas no capitalismo os direitos só se conquistam com muita luta.

O que seria óbvio se torna ilegal: Um terreno com prédios abandonados há mais de 10 anos é ocupado por 5 mil pessoas que não tem lugar para morar. Não podemos continuar com essa inversão de prioridades. O atual governador segue a mesma política de repressão que fez Cabral cair. Luiz Fernando Pezão afirmou que "foi feito o que tinha de ser feito", enquanto a Ordem dos Advogados do Brasil - RJ, assumiu ser "lamentável". Nós do PSTU achamos inadimissível!

É por isso que estamos nas ruas exigindo nossos direitos, denunciando os empresários e partidos que governam para eles. É preciso lutar e é possível vencer! Vem para a rua com a  gente lutar contra essas injustiças.Vamos torcer por um Brasil justo e soberano. #NaCopaVaiTerLuta

Para saber mais, acesse: www.pstu.org.br 

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