15 de abril de 2015

Trabalhadores paralisam contra projeto de terceirização

Belém se somou ao Dia Nacional de Paralisação convocado por centrais sindicais

Diversas categorias de trabalhadores paralisaram suas atividades neste 15 de abril em Belém. Em um ato pelas ruas da cidade, os trabalhadores se manifestaram contra o Projeto de Lei 4330, que autoriza a terceirização do trabalho nas empresas em todas as etapas de produção.  De acordo com Silvio Oliveira, o Silvinho, integrante da CSP-Conlutas, essa proposta é mais um ataque à classe trabalhadora do país. “Este projeto só beneficia os patrões, abrindo brecha para um grau absurdo de precarização e exploração dos trabalhadores”, disse. 
O ato reuniu centrais sindicais, como CUT, CTB e CSP-Conlutas e diversas categorias que estão em luta. Entre elas, os professores da rede estadual de ensino e os professores da Universidade do Estado do Pará que seguem uma forte greve contra a intransigência do governo Jatene (PSDB). Técnicos e professores da UFPA e da UFRA também aderiram à paralisação, assim como bancários, estudantes e operários e operárias da construção civil. 
Na construção civil, as paralisações foram internas, com duração de 2 horas. No total, 10 obras espalhadas na cidade amanheceram com diretores nas portas dos canteiros. O principal canteiro de Marituba também amanheceu parado. Durante a paralisação, os trabalhadores conversavam sobre o projeto das terceirizações e as medidas provisórias que atacam o seguro desemprego e o PIS. Em um dos canteiros, a indignação foi tanta que os operários resolveram sair e se somar ao ato das demais categorias. “Unificou, unificou, é estudante, operário e professor”, cantavam durante sua chegada.
Para o operário e vereador de Belém, Cleber Rabelo, este foi um importante passo na luta dos trabalhadores para barrar os ataques, tanto o governo Dilma (PT), como do governo Jatene (PSDB). “Paralisações como essa são importantes para mostrar a indignação frente aos ataques dos governos federal, estaduais e municipais. O ato que construímos em Belém, unificando as centrais sindicais é uma grande vitória”, afirmou.
Apesar da importância da participação, Rabelo não deixou de criticar o posicionamento de algumas centrais sindicais presentes, como CUT e CTB e fez um chamado para que elas rompam com o governo e construam um campo de classe, unificando os trabalhadores e construindo uma greve geral no país!
“Já que de um lado estão banqueiros, empresários, o PT que segue governando para os patrões e a velha direita... é hora de unificar a classe trabalhadora e construir uma greve geral para derrotar os ataques dos governos!”, disse.


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