“A cidade está doida”, chegou a falar um radialista. “A cidade está acordando”, rebatiam os operários. Com pneus que encontravam nas ruas, faziam barricadas e ateavam fogo para impedir o avanço daqueles que se recusavam a entender que hoje é dia de luta. "A classe operária do país se une para exigir do governo federal que revogue as medidas que retiram o direito dos trabalhadores e que arquive o projeto 4330, das terceirizações. Não é possível que em momentos de crise os governos tirem de quem não tem para dar para os empresários. Basta de ataques aos nossos direitos!", disse o operário e vereador de Belém pelo PSTU, Cleber Rabelo.
Assim como eles, outras categorias paralisaram suas atividades para se somar ao dia de paralisação chamado pelas centrais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical. Técnicos e professores das universidades federais – UFPA, UFRA, UFOPA e UNIFESSPA - que estão em greve desde ontem (28) denunciaram o descaso com a educação na “pátria educadora”, com corte de mais de R$ 9 bilhões no orçamento.

“Os governos do PSDB também não ficam atrás”, disse Cleber. Para ele, Zenaldo e Jatene seguem na mesma linha do governo federal, sem investir em áreas importantes, como saúde, educação e segurança e planejando golpes contra os trabalhadores: “o projeto do prefeito de Belém que quer se apropriar do dinheiro do vale-digital dos trabalhdores é um grande exemplo disso”, afirma.
Em frente ao supermercado "Líder", na avenida Visconde de Souza Franco (Doca), os manifestantes se reuniram para finalizar o ato. “Este foi um passo importante que demonstrou a necessidade da unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para derrotar os ataques dos governos. Mais do que isso, precisamos construir, juntos, uma greve geral neste país”, finalizou o coordenador estadual da CSP-Conlutas, Abel Ribeiro.
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