“Aquele pais que produzia miseráveis ficou para trás”. Essa frase foi dita pela presidente Dilma Roussef (PT) no seminário "O Decênio que mudou o Brasil", que comemorou os 10 anos do Partido dos Trabalhadores no governo federal, em abril. Porém, qualquer brasileiro que sai de casa vê que a miséria ainda assola nosso país e que quem está atrás em rankings mundiais como saneamento básico, educação e distribuição de renda é o Brasil. Aliás, índices que expõe um pouco da origem da miséria: O Brasil é o sexto lugar em produção de riquezas e 85º na distribuição de renda (segundo o IDH).
O governo Lula teve início em 2003 e, desde então, promete o fim da miséria, valorização da saúde e investimentos em educação. E tudo isso com muita transparência e debate, como afirmou para a Folha em outubro de 2002: "O novo modelo não poderá ser produto de decisões unilaterais do governo, tal como ocorre hoje, nem será implantado por decreto, de modo voluntarista. Será fruto de uma ampla negociação nacional, que deve conduzir a uma autêntica aliança pelo país, a um novo contrato social, capaz de assegurar o crescimento com estabilidade"
Infelizmente, não é para uma ampla negociação que o governo reprimi toda e qualquer manifestação do funcionalismo público, nem que atuou na greve de professores, servidores e estudantes das IES federais no ano passado fechando a mesa de negociação sem atender reivindicações. Não é por uma aliança com o país que enviou a força nacional para os canteiros de obra de Belo Monte.
Na televisão, o governo federal iniciou uma campanha publicitária onde comemora e enaltece o Partido dos Trabalhadores e seu trabalho nos últimos 10 anos. O problema é que as estatísticas são discutíveis em todos os seus pontos. Diminuir o critério para uma família ser considerada classe média foi o que fez "aumentar" o número de famílias de classe média no país de forma expressiva. Considerar que uma família que tenha renda de R$70,00 por mês per capta não está na linha da miséria também ajuda a tirar milhares de brasileiros da miséria. Nas estatísticas. Na sua propaganda de televisão. Onde não aparece as filas no SUS, a violência e falta de professores nas escolas, a violência crescente às mulheres, as desocupações para a COPA ou o famoso escândalo do mensalão.
É por isso que o Partido dos Trabalhadores Unificado (PSTU) convida a todos para o debate: "10 anos do PT no governo; Para quem essa estrela brilhou?". A tradicional sexta socialista acontecerá na sede do sindicato dos trabalhadores da Construção civil de Belém, nesta sexta, às 18h00. O sindicato fica na Tv. 9 de janeiro, entre Mag. Barata e Gov. José Malcher. O vereador Cléber Rabelo será um dos palestrantes. *Na ocasião estaremos vendendo o nosso jornal especial sobre o tema por apenas R$ 2,00. Neste novo material de 24 páginas, encontram-se artigos sobre "O apartheid na educação", por Amanda Gurgel, vereadora mais votada em Natal, "O caos na saúde pública", homofobia, movimento estudantil, reforma agrária, desemprego, corrupção, etc. Adquira o seu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário