12 de julho de 2013

É muito mais do que uma bandeira...

   
   
Presenciamos nos últimos dias passeatas que reivindicavam passe-livre transformarem-se em verdadeiros manifestos nacionais. De repente, da gratuidade do transporte passou-se a questionar os gastos com a copa, a saúde, a educação, a corrupção. Eram estudantes, mas também, mulheres, negros e homossexuais, todos saíram às ruas lutando por suas questões específicas, mas também, questionando o Governo e o sistema tão desigual.

   Depois de vinte anos o povo saiu à rua, indignado com sua condição de vida e para dizer que não são apenas por 0,20, e sim, a necessidade de se ter direitos básicos que lhes são negados pelo poder público. Estes atos mostraram que é possível lutar e ter vitórias. O que muitos lutadores do Brasil tanto esperavam, aconteceu: o “país acordou” e milhares foram às ruas.

   Infelizmente, nesse processo, tivemos que ouvir de um número expressivo de ativistas: “sem partido”, “sem bandeiras”. Atônitos, não entendíamos o porquê de ter que abaixar as bandeiras se elas sempre estiveram presentes nas inúmeras lutas da classe trabalhadora nesse país. Estas ações foram incentivadas pela direita e por neonazistas que encontraram na juventude recém-chegada às lutas terreno fértil para propagar sua ideologia antipartido.
   No entanto, o que presenciamos no dia 11 de julho foi uma cena muito comum para nós militantes do PSTU em Belém: os operários da construção civil desenrolarem nossas bandeiras e erguê-las com orgulho, pois tem a compreensão de que em suas lutas nas campanhas salariais, esse partido está sempre presente. Reivindicam o partido e o gesto emociona a nós militantes que temos a convicção de que não é apenas uma bandeira. Nela se carregam nossas lutas e nossos sonhos. Ergamos nossas bandeiras! Elas estão onde sempre estiveram: nas lutas da classe trabalhadora.




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