Os trabalhadores dos bancos públicos e privados do Pará deflagraram greve por tempo indeterminado a partir de hoje (30/09). Os trabalhadores do estado resolveram aderir ao movimento nacional da categoria que reivindica 12,5% de reajuste salarial. Mesmo depois de várias rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou proposta de reajuste digno para a categoria.
É inadmissível que, em um dos setores mais lucrativos da economia, que bate recordes ano após ano, os trabalhadores recebam propostas rebaixadas, que não leva em consideração o crescimento dos lucros dos bancos e o alto grau de exploração dos trabalhadores. A intenção dos banqueiros é clara: garantir seus lucros negando melhores salários e condições de trabalho dignas aos funcionários.
Prova disto é o lucro bilionário dos bancos. Segundo o ranking da consultoria Economatica, logo no primeiro semestre deste ano, o Iaú lucrou R$9,3 bilhões. O que mostra um crescimento de 32,1%, em relação ao mesmo período do ano passado. O Bradesco ocupa o segundo na escala, com os ganhos somando R$7,2 bilhões.
O Banco da Amazônia (Basa) também aparece entre os bancos que mais lucraram nos primeiros 6 meses deste ano, com uma taxa de lucro de R$60,1 milhões. O valor representa um cresicmento de 30,3% no primeiro semestre em relação a 2013.
Em contrapartida, os trabalhadores são expostos a péssimas condições de trabalho. Os salários são cada vez menores, enquanto o ritmo de trabalho só aumenta. Além disso, a insegurança bancária é alarmante e é reflexo da falta de segurança pública no estado, que coloca trabalhadores em risco em seus locais de trabalho diariamente.
É preciso romper com banqueiros e empresários!
Por tudo isso, declaramos total apoio à campanha salarial bancária. Mas, além da vitória nesta campanha salarial, é preciso garantir uma vitória política nessas eleições. É impossível conquistar melhores condições de trabalho e salário, se o governo seguir entregando bilhões aos banqueiros internacionais com o pagamento das dívidas interna e externa. É impossível garantir estabilidade no emprego e o fim das terceirizações se não lutarmos pela estatização do sistema financeiro.
Nem Dilma, nem Marina, nem Aécio defendem um política séria de ruptura com os banqueiros . Pelo contrário: propõem a continuidade dos benefícios aqueles que lucram tanto em cima da exploração dos trabalhadores.
É preciso apostar em candidaturas operárias e socialistas para defender os interesses dos trabalhadores. E esse voto, é um voto no PSTU, no 16.
Cleber Rabelo,
candidato a deputado federal 1616.
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