8 de novembro de 2014

Jatene, a culpa pela violência é do Estado, não da população!


O governo do estado segue sem respostas concretas após a chacina que aconteceu nos bairros da periferia de Belém durante a última terça-feira (04/11). O número de mortes confirmadas aumentou para 11 e a população segue insegura e com muitas dúvidas sobre o caso. Enquanto isso, o atual governador Simão Jatene (PSDB) parece caçoar dos moradores que clamam por paz.
O governo já tentou se omitir da responsabilidade culpando os boatos nas redes sociais. Agora, tenta responsabilizar a população. Em entrevista coletiva concedida ontem (06/11), o governador chegou a dizer que a população pode ajudar a diminuir casos de violência. Para isso, bastaria que evitassem alguns lugares e horários.

Como se já não bastasse a população de Belém ter que aguentar ruas sem iluminação e a falta do transporte noturno, agora ela também passa a ser responsável pelo descontrole da violência na capital. Um verdadeiro absurdo!

A responsabilidade do que aconteceu na última terça-feira é do Estado, do PSDB de Jatene e Zenaldo, que transformam a cidade em um verdadeiro caos, com a falta de investimentos em segurança, educação, esportes.

Exigimos a investigação e a punição dos responsáveis por todos os crimes cometidos. Mesmo com a confirmação de 11 mortes, há relatos feitos por moradores de vários bairros que a matança pode ter sido muito maior.

Há fortes indícios de que o que acontece, é fruto da ação de policiais para vingar a morte do Cabo Figueiredo. Mesmo sem provas, não é fácil acreditar nessa versão. Afinal, o que aconteceu na terça-feira não é novidade nas periferias das grandes capitais. E não é novidade para Belém. Em novembro de 2011, o militar Rosivan Moraes Almeida assassinou 6 adolescentes no distrito de Icoaraci.

É preciso intensificar os debates e a luta pela desmilitarização da PM. Essa instituição, filha da ditadura militar, já deu provas de que não seve aos trabalhadores e à população pobre da periferia. Só com uma polícia civil unificada, controlada pela população, com eleição direta para os oficiais, garantindo direito à greve e voltada para a atuação comunitária poderá ter fim o caráter autoritário e repressor das polícias brasileiras. A intimidação também não pode nos calar. Neste mês da Consciência Negra, mais do que nunca, é necessário resistir!

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