O PSTU repudia mais um bárbaro assassinato de uma liderança quilombola no Pará. Artêmio Gusmão, mais conhecido como Alaor, líder quilombola, foi assassinado e esquartejado na última sexta-feira (04 de julho), por volta de 19h, no município do Acará quando voltava para a sua comunidade, Mancaraduba, após assistir à partida entre Brasil x Colômbia, na Vila Camarial. Dois irmãos do líder quilombola já haviam sido assassinados em 2012 também por conta de conflitos fundiários. A Comissão Pastoral da Terra informa que outras pessoas da mesma família também estão sob ameaça de morte.
A comunidade Mancaraduba está localizada em uma área de terras de competência do governo federal e luta pelo seu reconhecimento como comunidade quilombola. O processo de reconhecimento está na Justiça é contestada pela empresa Biopalma. As terras estão situadas no município do Acará, nos limites com os municípios de Tailândia e Tomé Açu, onde já foram denunciados vários crimes ambientais e de grilagem de terras. A Associação dos quilombolas do Alto Acará inclusive já denunciou várias vezes ameaça de madeireiros, pistoleiros e grileiros aos integrantes da comunidade.
Segundo informações da CPT, “a área quilombola tem mais de 22 mil hectares, e a terra que a BioVale está requerendo se situa dentro da área de pretensão da comunidade, junto ao Incra. De acordo com os advogados da Amarqualta, o Iterpa já delimitou a área quilombola; no que concerne às terras da União, o Incra ainda estaria finalizando a documentação. O processo de demarcação do Território Quilombola do Alto Acará está em curso há mais de quatro anos” (http://www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes-2/noticias-2/12-conflitos/2146-lider-quilombola-e-morto-e-esquartejado-no-para).
O PSTU repudia a ação das grandes empresas, latifundiários, madeireiros e grileiros de terra que perseguem e assassinam trabalhadores rurais e lideranças indígenas e quilomobolas no interior Pará e exige do governador Simão Jatene que mobilize todos os esforços possíveis para apurar o caso e punir exemplarmente os mandantes e assassinos de Alaor demais lideranças quilombolas do Alto Acará. Solidarizamo-nos com os familiares e amigos de Alaor. Pelo reconhecimento das terras quilombolas e proteção imediata do Estado para as lideranças ameaçadas! Alaor presente!
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