4 de julho de 2014

NOTA DE REPÚDIO

O partido Socialista dos Trabalhadores Unificado-PSTU, através da Secretaria LGBT, vem publicamente manifestar seu repudio ao ato de homofobia praticado contra nossa militante da juventude, Ádrian Neves.
Nós, LGBT’s, sabemos muito bem o que é a opressão. Somos os alvos mais fáceis nos lares, nas ruas, nas escolas e também nas redes sociais onde muitas vezes as opiniões preconceituosas e cheias de ódio são vomitadas em suas formas mais inconsequentes e banalizadas. No ultimo dia 02, uma militante do PSTU, após  comentar uma postagem no  Facebook, sofreu diversos insultos homofóbicos, machistas e racistas por parte de um jovem chamado Bruno Franco.
A postagem comentada trazia um questionamento sobre a razão de uma intervenção cirúrgica sofrida por uma mulher para a retirada dos seios, cogitando opiniões tanto para a transexualidade quanto para uma doença cancerígena. Como havia ali vários comentários homofóbicos, a jovem, que é homossexual, fez uma explanação em defesa da mulher lésbica e repudiou os julgamentos opressores. Foi então que uma série de escárnios do tipo “Lésbica macaca”, entre outras barbaridades,  como: a que diz que a jovem na verdade, fazia tumulto porque não fazia sexo com homens  ou que é normal gays apanharem e  mulheres lésbicas  serem estupradas, e outros insultos ocorreram in box com mais achincalhamentos homofóbicos e ameaças.
Sentindo-se coagida a militante registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, sendo que esta não foi a primeira queixa contra o rapaz que já foi denunciado anteriormente por  agressão física.
Com toda a certeza não há nada de normal em pessoas serem espancadas ou mortas por causa de sua orientação sexual, ou pelo fato de serem mulheres. A homofobia que guia as palavras do garoto, guia também, ações que mutilam milhares de mentes e corpos em nosso país. No ano passado, o número de mulheres assassinadas por serem homossexuais no Brasil foi quase cinco vezes maior que a média de assassinatos dos últimos 20 anos, segundo um estudo do Grupo Gay da Bahia. Nosso país é campeão mundial em assassinatos por homofobia, o 7º colocado em assassinato de mulheres e concentra 44% das mortes por homofobia praticadas em todo o mundo. Além disso, em quatro anos, os casos de estupro cresceram 157% no Brasil, dentre estes destacam-se os “estupros corretivos”, essa ideologia nefasta que diz que a homossexualidade feminina deve ser curada por meio de tamanha violência. Um avanço hediondo do machismo e da homofobia, agravado pela decadência do capitalismo.
Neste sentido, casos como este não podem ficar impunes e deixam explicitas a necessidade da organização  dos LGBT’s  contra a opressão machista e homofóbica que vitimizam  principalmente, as mulheres trabalhadoras pobres, negras e lésbicas e da sua defesa pelo conjunto trabalhadores. Por isso, é urgente a criminalização da homofobia. Nós, da secretaria LGBT do PSTU combatemos veementemente a atitude de Bruno Franco e todas as formas de opressões da classe trabalhadora. E fazemos o chamado ao conjunto dos LGBT’s, negras e negros e trabalhadores a lutar pelo extermínio dessa prática opressora que divide nossa classe e mantem esse sistema pútrido.

Dizemos não a Homofobia, lesbofobia e transfóbia!
Não ao machismo, racismo e homofobia!

Toda solidariedade a nossa camarada!!!!
Contra a Homofobia a nossa luta é todo dia!

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