O
partido Socialista dos Trabalhadores Unificado-PSTU, através da Secretaria LGBT,
vem publicamente manifestar seu repudio ao ato de homofobia praticado contra
nossa militante da juventude, Ádrian Neves.
Nós, LGBT’s, sabemos muito bem o que é a opressão. Somos os
alvos mais fáceis nos lares, nas ruas, nas escolas e também nas redes sociais
onde muitas vezes as opiniões preconceituosas e cheias de ódio são vomitadas em
suas formas mais inconsequentes e banalizadas. No ultimo dia 02, uma militante
do PSTU, após comentar uma postagem
no Facebook, sofreu diversos insultos
homofóbicos, machistas e racistas por parte de um jovem chamado Bruno Franco.
A
postagem comentada trazia um questionamento sobre a razão de uma intervenção
cirúrgica sofrida por uma mulher para a retirada dos seios, cogitando opiniões
tanto para a transexualidade quanto para uma doença cancerígena. Como havia ali
vários comentários homofóbicos, a jovem, que é homossexual, fez uma explanação
em defesa da mulher lésbica e repudiou os julgamentos opressores. Foi então que
uma série de escárnios do tipo “Lésbica macaca”, entre outras barbaridades, como: a que diz que a jovem na verdade, fazia
tumulto porque não fazia sexo com homens
ou que é normal gays apanharem e
mulheres lésbicas serem
estupradas, e outros insultos ocorreram in box com mais achincalhamentos
homofóbicos e ameaças.
Sentindo-se coagida a militante
registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, sendo que esta não foi
a primeira queixa contra o rapaz que já foi denunciado anteriormente por agressão física.
Com toda a certeza não há nada de
normal em pessoas serem espancadas ou mortas por causa de sua orientação sexual,
ou pelo fato de serem mulheres. A homofobia que guia as palavras do garoto,
guia também, ações que mutilam milhares de mentes e corpos em nosso país. No
ano passado, o número de mulheres assassinadas por serem homossexuais no Brasil
foi quase cinco vezes maior que a média de assassinatos dos últimos 20 anos,
segundo um estudo do Grupo Gay da Bahia. Nosso país é campeão mundial em
assassinatos por homofobia, o 7º colocado em assassinato de mulheres e
concentra 44% das mortes por homofobia praticadas em todo o mundo. Além disso,
em quatro anos, os casos de estupro cresceram 157% no Brasil, dentre estes
destacam-se os “estupros corretivos”, essa ideologia nefasta que diz que a
homossexualidade feminina deve ser curada por meio de tamanha violência. Um
avanço hediondo do machismo e da homofobia, agravado pela decadência do
capitalismo.
Neste sentido, casos como este não
podem ficar impunes e deixam explicitas a necessidade da organização dos LGBT’s
contra a opressão machista e homofóbica que vitimizam principalmente, as mulheres trabalhadoras
pobres, negras e lésbicas e da sua defesa pelo conjunto trabalhadores. Por
isso, é urgente a criminalização da homofobia. Nós, da secretaria LGBT do PSTU
combatemos veementemente a atitude de Bruno Franco e todas as formas de
opressões da classe trabalhadora. E fazemos o chamado ao conjunto dos LGBT’s,
negras e negros e trabalhadores a lutar pelo extermínio dessa prática opressora
que divide nossa classe e mantem esse sistema pútrido.
Dizemos não a Homofobia, lesbofobia
e transfóbia!
Não ao machismo, racismo e homofobia!
Toda solidariedade a nossa camarada!!!!
Contra a Homofobia a nossa luta é todo dia!
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