26 de agosto de 2014

Todo apoio aos trabalhadores da construção civil

Os trabalhadores da construção civil do Pará enfrentarão uma árdua batalha nas próximas semanas. A campanha salarial da categoria iniciou com força e as assembleias e paralisações feitas até agora já demonstraram o grau de insatisfação dos trabalhadores com a patronal que ainda não sentou para negociar. Os operários seguem firmes na luta por uma reivindicação histórica: a cesta básica.
Desde a greve do ano passado, os empresários se comprometeram a fazer esforços para implementar a cesta básica nas empresas. De lá para cá, nada foi feito. E é provável que a doída realidade dos trabalhadores piore.
O cenário de estagnação econômica vivida pelo Brasil, com um crescimento próximo de zero, faz com que as empresas ampliem os ataques aos direitos dos trabalhadores. Os operários da construção civil, por receberem baixos salários, são um dos setores mais afetados. Os empresários querem dar um aumento que garanta apenas a inflação aos trabalhadores. De fato, o mais provável é que os trabalhadores recebam “um aumento para ficar devendo”! 
Não bastasse o alto preço dos alimentos, dos transportes e dos aluguéis, recentemente o Governo Dilma (PT), por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou um aumento de quase 35% na conta de energia. Este fator se agrava ainda mais: desde a privatização da Celpa, em 1998, feita pelo PSDB de Simão Jatene, a conta de energia aumentou em mais de 400%. Um verdadeiro absurdo que atinge diretamente o bolso dos trabalhadores. 
Enquanto isso, a realidade de norte a sul do estado é a mesma: baixos salários, muitos acidentes, grandes obras e um regime de trabalho na base do “chicote”.
Quem paga a banda escolhe a música
Com as eleições, vários candidatos dizem que irão mudar a vida dos trabalhadores, prometendo defender os direitos conquistados, bem como melhores condições de trabalho. Mas esquecem de dizer que a maior parte de suas campanhas são financiadas pelas grandes empresas. Em 2010, foram as grandes empresas que bancaram 95% das campanhas eleitorais.
Recebendo dinheiro do patrão, não é possível defender os interesses dos trabalhadores, afinal, “quem paga a banda, escolhe a música”. Em várias greves, os trabalhadores da construção civil são reprimidos pelas polícias desses governos, justamente, porque eles governam para os empresários da construção civil, e defendem seus patrimônios e suas vontades.
A candidatura de Cleber Rabelo a deputado federal 1616 só tem um sentido: fortalecer a luta dos trabalhadores e impulsionar suas vitórias. A união dos trabalhadores será necessária para garantir aumento digno de salário e a tão esperada cesta básica. Mas a luta não acaba aí. Todas as greves devem ser parte de uma mesma batalha: a dos trabalhadores contra os patrões. E essas eleições são uma parte importante dessa batalha. Vamos mostrar aos patrões que eles não têm vez e que essa categoria segue unida, também, no processo eleitoral. Operário vota em operário!

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