22 de setembro de 2014

Campanha ganha apoiadores no campo.


– Ailson, agora se vocês forem eleitos, o que vocês vão fazer pra melhorar a vida da classe trabalhadora? Vão melhorar a saúde?
– Não!
– Vão melhorar a educação?
– Também não!
– Vão melhorar os transportes?
– Não!
– Então?
– O que nós vamos fazer, se eleitos, é chamar vocês para se organizarem junto com a gente. Nós não fazemos nossa campanha baseada em falsas promessas. Seria fácil vir aqui e dizer que, se formos eleitos, asfaltaremos ruas e que vamos mudar a vida dos trabalhadores. Mas isso não é verdade. O que queremos é organizar cada bairro e comitê, preparar os movimentos e os trabalhadores para fazer muita luta no campo, cidade, no estado e no país.

O diálogo honesto que você leu acima, aconteceu no último sábado no município de Acará, nordeste do Estado do Pará, entre um agricultor morador do Assentamento Benedito Alves Bandeira (BAB) e Ailson Cunha, operário e candidato a deputado Estadual pelo PSTU.

   Diferente de outras candidaturas nossa campanha chega ao dia a dia da população, e se identifica com ela por que é construída pelos trabalhadores para os trabalhadores. No último sábado as candidaturas do PSTU foram representadas pelo Ailson e pela companheira Benedita que estiveram no assentamento conversando e trocando experiência com os camponeses.

    O assentamento Benedito Alvez Bandeira (BAB) encontra-se no município do Acará na porção nordeste do estado do Pará, na microrregião de Tomé-Açu. E começou a ser ocupado por volta de 1985. O local divide-se em 205 lotes de aproximadamente 25, 50 ou 100 hectares, dos quais apenas alguns lotes contam com energia elétrica, subjugados a vila local onde se concentra o comércio.
Historicamente, o desenvolvimento da agricultura no assentamento foi marcado pela diferenciação social dos agricultores, sendo que todo o processo de formação daquela sociedade foi acompanhado de tensões e conflitos, do mesmo jeito que ocorrem na maioria dos assentamentos, tais agitações desencadearam a morte por assassinato de muitos trabalhadores, inclusive, a do presidente do sindicato dos posseiros daquela região: o Srº. Benedito Bandeira, que mais tarde caracterizaria o nome do local e tal fato traria em 1989 a legalização do assentamento pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), após muitas negociações.  

     “Nós defendemos aqui o nome do Ailson, da companheira Bené, e dos demais companheiros do PSTU por que sabemos que depois de eleito ao invés de atender nosso telefonema lá do gabinete, na hora da uma luta, eles vão estar aqui lado a lado com a gente pra enfrentar esses fazendeiros que tiram nossas terras” – afirma Edilson, agricultor, morador e apoiador da campanha.
 





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