22 de setembro de 2014

É preciso colocar as nossas riquezas naturais a serviço da melhoria da vida da classe trabalhadora!


     O modelo econômico capitalista implantado em nosso Estado é responsável pela brutal contradição entre as enormes riquezas naturais que possuímos e a miséria a que milhões estão submetidos no Pará. Temos a maior reserva mineral do mundo, muitas terras, água e biodiversidade, no entanto a exploração de nossos recursos naturais pelas multinacionais e a política econômica dos governos a serviço do capital garante muito lucro para as grandes empresas enquanto falta o básico para a maioria do povo. A propriedade privada dos meios de produção e o controle de nossas riquezas por parte do grande capital são as principais travas a um modelo de desenvolvimento econômico-social que garanta justiça, igualdade e dignidade para a classe trabalhadora que vive em nosso Estado.
     Os grandes projetos que são instalados na Amazônia, ao invés de diminuir, aprofundam as contradições sociais, como é o caso de Altamira hoje com a construção da Usina de Belo Monte. A intensa migração gerada pelas expectativas de emprego faz com se aumente as taxas de desemprego, violência e miséria na região. Os casos de latrocínio, violência sexual e roubo tem crescido muito, ao mesmo tempo em que a inflação dos alimentos e imóveis dispara e as prometidas compensações sociais não saem do papel, precarizando ainda mais a estrutura de serviços públicos.
     É preciso inverter essa lógica de governo, que submete mais de 2 milhões de pessoas a viverem abaixo da linha pobreza. Cerca de 40% dos habitantes do Pará vivem com até 1 salário mínimo por mês. Enquanto isso, as mineradoras como a Vale são beneficiadas com isenções de impostos, através de leis como a Lei Kandir, que isenta as exportações minerais de tributos. O Pará já perdeu mais de R$ 20 bilhões por conta dessa famigerada lei. Também é preciso acabar com as altas tarifas de energia para os mais pobres e com a desoneração para as grandes indústrias, que pagam uma tarifa menor que a tarifa de um cidadão comum. As grandes fortunas e empresas precisam ser sobretaxadas para que haja recursos para ampliar os investimentos sociais em saúde, educação, reforma agrária, moradia, saneamento e transporte. Para enfrentar essa realidade, propomos:

# Pelo fim da Lei Kandir e substituição da Lei de Responsabilidde Fiscal por uma Lei de Responsabilidade Social
# Por uma reforma tributária que sobretaxe as grandes fortunas e diminua os impostos para os mais pobres;
# Reestatização das empresas privatizadas como a Vale e a Celpa sob controle dos trabalhadores;
# Instituir o monopólio estatal sobre a exploração mineral e florestal;
# Expropriação e estatização dos grandes latifúndios para fins de reforma agrária;
# Plano de obras públicas (construção de escolas, hospitais, moradias populares, estradas, obras de saneamento, etc.) para melhor os serviços públicos e gerar emprego e renda para ampliar oportunidades e valorizar os trabalhadores;
# Aumento geral de salários rumo ao mínimo do DIEESE; Salário Igual para trabalho Igual

# Assumir a defesa do socialismo como horizonte estratégico de organização da economia e da sociedade através do fim das classes, para garantir a socialização da riqueza, a planificação da economia e o fortalecimento da democracia direta.

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