Já está claro que as
maiores financiadoras de campanhas são as construtoras. Elas mantêm contratos
com as prefeituras e governos estaduais. Para mantê-los, investem diretamente
nas campanhas de praticamente todos os candidatos. Como foi revelado pelo escândalo
da empresa Delta, Cavendish chegou a declarar que financiando campanhas
eleitorais ganham-se muitos negócios em troca.
Desde antes da
redemocratização, todas as eleições têm sido permeadas por escândalos que
envolvem os financiamentos de campanha. Lembremos: o patrocínio dos candidatos
da Arena; o escândalo PC que derrubou Collor; a “Privataria Tucana” do governo
FHC; e o “Mensalão” do governo Lula.O Financiamento Público de campanha é a melhor forma de financiamento das campanhas. Mas tem que partir da proibição expressa e absoluta de que haja doações de empresas e empresários a estas campanhas. Além disso a forma de distribuição das verbas, não pode reproduzir as desigualdades existentes.
Nossas candidaturas estarão a serviço das lutas, assim como
do fortalecimento de uma alternativa socialista, não só eleitoral, mas
principalmente para a ação direta da classe, como as greves e mobilizações.
Isso vale tanto para a campanha eleitoral quanto para nossos
eventuais mandatos. Não queremos ter parlamentares a fim de governar para os
trabalhadores no parlamento. Queremos sim utilizar o parlamento para denunciar
esse sistema, defender e fortalecer as lutas. Nossa estratégia não é governar para
os trabalhadores, mas levar os próprios trabalhadores ao poder, para que
governem por si próprios através de suas organizações.
Atualmente, um vereador ganha mais de R$ 14 mil em
tíquete-alimentação, além do salário de R$ 15 mil. É um absurdo que os
políticos de Belém recebam todos esses benefícios com dinheiro público,
enquanto a grande maioria da população de Belém sobreviva com menos de 2
salários mínimos por mês. E mais, funcionários da educação, Funpapa, Ipamb,
Guarda Municipal, etc. têm seu vale-alimentação congelado há 4 anos no valor de
R$ 220,00.
Defendemos que todos os parlamentares recebam o salário
equivalente ao de um operário qualificado e que seus mandatos possam ser
revogados a qualquer momento. Ou seja, se algum político prometeu algo e, uma
vez eleito, fez outra coisa, a população deve ter o direito de tirar o seu
mandato.
Quando nos elegemos vereador em 2012, nosso primeiro projeto
de lei proposto foi a redução dos altos salários dos políticos de Belém para
oito salários mínimos e acaba com a farra do tíquetealimentação dos vereadores,
fizemos uma campanha de abaixo-assinados junto à população nos bairros,
universidades, canteiros de obra e internet. Se eleito queremos dar continuidade
ao projeto na Câmara Federal. Defendemos:
# Pelo fim do financiamento privado de
campanha eleitoral.
# Fim dos altos salários e privilégios dos políticos. Um
parlamentar deve receber o mesmo que um professor;
# Prisão e expropriação de bens de corruptos e corruptores;
# Fim do foro privilegiado. Mandatos revogáveis de políticos e
governantes;
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