23 de setembro de 2014

Fim dos privilégios dos políticos!

     
As eleições, com financiamento de empresas, tornam-se um jogo de cartas marcadas, no qual ganha quem leva os milhões destas grandes empresas, bancos e empreiteiras. Uma vez eleitos, governam para aqueles que os financiaram. O PSTU, ao contrário, não joga qualquer ilusão nesse processo.
     Já está claro que as maiores financiadoras de campanhas são as construtoras. Elas mantêm contratos com as prefeituras e governos estaduais. Para mantê-los, investem diretamente nas campanhas de praticamente todos os candidatos. Como foi revelado pelo escândalo da empresa Delta, Cavendish chegou a declarar que financiando campanhas eleitorais ganham-se muitos negócios em troca.
     Desde antes da redemocratização, todas as eleições têm sido permeadas por escândalos que envolvem os financiamentos de campanha. Lembremos: o patrocínio dos candidatos da Arena; o escândalo PC que derrubou Collor; a “Privataria Tucana” do governo FHC; e o “Mensalão” do governo Lula.
     O Financiamento Público de campanha é a melhor forma de financiamento das campanhas. Mas tem que partir da proibição expressa e absoluta de que haja doações de empresas e empresários a estas campanhas. Além disso a forma de distribuição das verbas, não pode reproduzir as desigualdades existentes.


     Nossas candidaturas estarão a serviço das lutas, assim como do fortalecimento de uma alternativa socialista, não só eleitoral, mas principalmente para a ação direta da classe, como as greves e mobilizações.
    Isso vale tanto para a campanha eleitoral quanto para nossos eventuais mandatos. Não queremos ter parlamentares a fim de governar para os trabalhadores no parlamento. Queremos sim utilizar o parlamento para denunciar esse sistema, defender e fortalecer as lutas. Nossa estratégia não é governar para os trabalhadores, mas levar os próprios trabalhadores ao poder, para que governem por si próprios através de suas organizações.
Atualmente, um vereador ganha mais de R$ 14 mil em tíquete-alimentação, além do salário de R$ 15 mil. É um absurdo que os políticos de Belém recebam todos esses benefícios com dinheiro público, enquanto a grande maioria da população de Belém sobreviva com menos de 2 salários mínimos por mês. E mais, funcionários da educação, Funpapa, Ipamb, Guarda Municipal, etc. têm seu vale-alimentação congelado há 4 anos no valor de R$ 220,00.
    Defendemos que todos os parlamentares recebam o salário equivalente ao de um operário qualificado e que seus mandatos possam ser revogados a qualquer momento. Ou seja, se algum político prometeu algo e, uma vez eleito, fez outra coisa, a população deve ter o direito de tirar o seu mandato.
     Quando nos elegemos vereador em 2012, nosso primeiro projeto de lei proposto foi a redução dos altos salários dos políticos de Belém para oito salários mínimos e acaba com a farra do tíquetealimentação dos vereadores, fizemos uma campanha de abaixo-assinados junto à população nos bairros, universidades, canteiros de obra e internet. Se eleito queremos dar continuidade ao projeto na Câmara Federal. Defendemos:

# Pelo fim do financiamento privado de campanha eleitoral.
# Fim dos altos salários e privilégios dos políticos. Um parlamentar deve receber o mesmo que um professor;
# Prisão e expropriação de bens de corruptos e corruptores;
# Fim do foro privilegiado. Mandatos revogáveis de políticos e governantes;


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